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quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Técnico de Segurança Diz Ter Sido Mordido Por Ex-Patrão.

Hedércio Gomes 
“Fui mordido a cobrar dívida ao ex-patrão”

Vê se pode uma dessas no dia 25 deste mês, um técnico de higiene e segurança no trabalho diz ter sido mordido por um administrador da empresa Hegolar, em Cantanhede, onde trabalhava, ao reivindicar um pagamento após o pedido de rescisão do contrato.

 "Deu-me uma dentada no peito e arrancou-me um pedaço de carne", diz Hedércio Gomes, 25 anos. Os administradores negam e dizem que foi o ex-funcionário a tomar a iniciativa – apenas o agarraram para se defender. Ambas as partes apresentaram queixa às autoridades.

Segundo Hedércio, a dentada de Paulo Lages ocorreu depois de se ter demitido da empresa onde trabalhava desde 2008 – quando foi à firma reivindicar o pagamento "a que tinha direito", cerca de dois mil euros.





Autoridade para as Condições de Trabalho investiga acidente e suspende obras.

25/08/2011                                                                                                                                                                                  
As obras de construção do colégio, em Évora, onde ocorreu na quarta-feira um acidente de trabalho com um morto estão temporariamente suspensas, até a Autoridade para as Condições do Trabalho concluir o respetivo inquérito.
"Estamos a reunir todos os elementos necessários para a elaboração do inquérito do acidente de trabalho, portanto, neste momento, a obra está suspensa", revelou a directora do Centro Local de Évora da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT), Ana Isabel Machado, citada pela Agência Lusa.
A responsável disse que o inquérito da ACT começou logo "ao final da tarde" de quarta-feira, quando ocorreu o acidente, e que a suspensão da empreitada visa facilitar e tornar mais célere a investigação às causas do mesmo.
"Iremos concluir o inquérito o mais depressa possível e chegar à fase final, que é verificar e analisar as causas deste acidente de trabalho", disse, apontando para a "próxima semana, em princípio", a conclusão das averiguações.
Uma barreira de terra, junto a uma vala, desabou na quarta-feira nas obras do Colégio Fundação Alentejo, que vai ter creche, jardim de infância e primeiro ciclo, cuja abertura está prevista para Setembro.
O deslizamento provocou a morte de um trabalhador, de 52 anos, de nacionalidade indiana, que se encontrava na vala e não conseguiu sair, quando caíram pedras e terra, devido ao rebentamento de uma conduta de água.
Outro trabalhador, da mesma nacionalidade, na casa dos 30 anos, sofreu ferimentos ligeiros e foi transportado para o hospital da cidade, mas "já teve alta", revelou a directora da ACT em Évora.
Até ao momento, frisou Ana Isabel Machado, a ACT apurou que, na altura do acidente, decorriam "trabalhos de escavação" para a "montagem de uma caixa de esgoto", encontrando-se "dois trabalhadores no fundo do fosso, para limpar a zona e apoiar" a operação.
"O que motivou o acidente de trabalho foi o rebentamento de uma conduta de água. Com a pressão da água, houve o deslizamento de pedras e de terra", disse.
Sem revelar dados sobre o empreiteiro geral da obra ou subempreiteiros, a directora distrital da ACT adiantou que "três empresas tiveram trabalhadores envolvidos no acidente".
A mesma fonte explicou à Lusa tratar-se de um estaleiro que tinha "todos os cuidados ao nível do planeamento da prevenção dos riscos profissionais", possuindo, por exemplo, coordenação de segurança, técnicos de segurança e plano de segurança e saúde no trabalho.
"Agora, teremos que averiguar em pormenor todas essas situações e verificar se houve alguma falha na área da prevenção dos riscos profissionais", sublinhou.
A Fundação Alentejo, dona da obra, também revelou na quarta-feira à Lusa já ter pedido relatórios ao empreiteiro e às empresas de coordenação de segurança e de fiscalização da obra.

Fonte:http://www.jn.pt/paginainicial/pais/concelho.aspxDistrito=%C9vora&Concelho=%C9vora&Option=Interior&content_id=1962120&page=-1


Acidentes em fábrica da Braskem em AL poderiam ter sido evitados, diz auditor.


25/08/2011 18:10

Acidentes em fábrica da Braskem em AL poderiam ter sido evitados, diz auditor

Em audiência na Câmara, diretor da Braskem afirmou que vazamentos de gás em Maceió ocorreram devido ao acúmulo “imprevisível” de substância liberada em reações químicas e que empresa já adotou medidas para evitar novos acidentes. Debatedores também manifestaram preocupação com uso de amianto na indústria.
Gustavo Lima
Dep. Dr. Aluizio (PV-RJ), Álvaro Cezar de Almeida (diretor industrial de vinílicos da Braskem)
Dr. Aluizio: subcomissão continuará acompanhando o caso.
O auditor fiscal do Trabalho de Alagoas Elton Costa afirmou nesta quinta-feira que os vazamentos de gás ocorridos em maio na fábrica da petroquímica Braskem em Maceió (AL) poderiam ter sido evitados. A declaração foi feita em audiência pública da subcomissão especial criada para avaliar as condições de saúde do trabalhador, que é vinculada à Comissão de Seguridade Social e Família.
No dia 21 de maio, houve um vazamento de cloro em indústria da Braskem na capital alagoana. Um funcionário e 129 moradores de bairros vizinhos foram intoxicados pelo gás. Dois dias depois, uma nova explosão deixou cinco funcionários feridos.
O diretor industrial de vinílicos da Braskem, Álvaro de Almeida, explicou que as explosões foram causadas pelo acúmulo de uma quantidade imprevisível de uma substância conhecida como clorotricloramina. "Ela é formada em uma determinada etapa do processo, a partir de uma reação de cloro com amônia. Temos o controle desse componente, mas, nesse caso específico, foi uma situação imprevisível, que nunca tinha acontecido na história da companhia ao longo dos 34 anos", disse.
Segundo Elton Costa, porém, o aumento do composto inflamável poderia ter sido antecipado. Ele ressaltou que o equipamento responsável por degradar a clorotricloramina havia sido desativado dois dias antes. "O problema que a empresa alega é que seriam feitas simulações em softwares de última geração e essa concentração não seria esperada. Os fatos desmentiram isso. Então, ou algum parâmetro equivocado foi inserido no sistema ou esse módulo relativo à simulação de teor de tricloramina precisa ser revisto. Não se pode fugir dos fatos", destacou.
Produtividade
O auditor fiscal levantou a suspeita de que a opção por desligar o equipamento tenha sido feita sob a pressão por mais produtividade, em detrimento da segurança e da saúde do trabalhador.

Álvaro de Almeida, por sua vez, sustentou que há equívocos na interpretação doMinistério Público (que solicitou o fechamento da empresa por falta de segurança no trabalho) por falta de conhecimento profundo dos métodos de produção da companhia. Ele defendeu que a Braskem não prioriza a produtividade em detrimento do bem-estar dos funcionários e do meio ambiente.
Medidas 
O dirigente da Braskem salientou que a empresas adotou medidas para evitar que os acidentes ocorram novamente. Entre elas, está a paralisação automática da fábrica caso o equipamento responsável por eliminar a tricloramina fique mais de uma hora desativado.

O deputado Dr. Aluizio (PV-RJ), que solicitou o debate, disse que a subcomissão vai continuar acompanhando o caso. Médico, o parlamentar explicou que, ao ser inalado, o cloro pode provocar intoxicações respiratórias e oculares, e os danos podem ser irreversíveis. Segundo o representante da Braskem, todas as pessoas afetadas pelo acidente receberam atendimento hospitalar e já estão bem.
Amianto
Durante a audiência, também foi levantada a preocupação com o uso de amianto nos processos produtivos da Braskem. O perito em acidentes químicos Álvaro Fernandes Sobrinho afirmou que os mecanismos de prevenção de câncer usados pela empresa não são satisfatórios. "Os funcionários usam uma máscara que não é a ideal para esse tipo de trabalho”, sustentou.

De acordo com Elton Costa, a companhia respeita os limites legais para o uso da substância. "O cuidado é muito grande. Existem exames e controle médico dos trabalhadores, que precisam ser acompanhados alguns dias depois de ficarem expostos ao agente”, afirmou. Para o auditor fiscal, porém, essas medidas não são suficientes para proteger os operários. Ele defendeu que há outras maneiras de se produzir cloro e soda cáustica sem o uso de amianto.
O representante da Braskem, por sua vez, garantiu que em toda a história da fábrica em Maceió nenhum funcionário desenvolveu problemas de saúde em decorrência do manuseio de amianto.
Reportagem – Verônica Lima/Rádio Câmara 
Edição – Marcelo Oliveira

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