Labels

Pesquise o Conteúdo Aqui

sábado, 24 de setembro de 2011

Segurança Coorporativa e Segurança do Trabalho. Uma Interação Necessária

Atualmente a integração da área de segurança com outra área com as mesmas afinidades intitucionais como a segurança do trabalho é vital, para minimizar os riscos afetos a cada profissão, e principalmente zelando pela integridade física e mental dos colaboradores.

Por André Luiz Padilha Ferreira

 Segurança Coorporativa e Segurança do Trabalho.

                                        Uma interação necessária.
Em todos os locais de trabalho existem perigos que dão origem a riscos. Os riscos são os potenciais causadores de acidentes de trabalho e de numerosas DORT (doenças ocupacionais relacionadas ao trabalho).
Daí surge a necessidade do "Gestor de Segurança" ter um conhecimento de outras áreas do conhecimento, neste caso faço clara menção a Segurança do Trabalho, principalmente quando o setor de segurança esta integrado com os demais setores da empresa.
Após um caso de acidente do trabalho, todas as medidas corretivas devem ser adotadas de forma a evitar que tal fato danoso, tanto para o trabalhador quanto para a empresa volte a acontecer novamente.
A integração do setor de segurança patrimonial com o SESMT (Serviço Especializada em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho), conforme estabelece o Art. 162 da Consolidação das Leis do Trabalho e também pela Norma Regulamentadora nº 4 do Ministério do Trabalho.
É extremamente importante essa integração entre os departamentos de segurança, pois um setor e complementar ao outro dentro de uma organização, pois os dois profissionais têm a obrigação de zelar pela saúde e integridade física de todos os funcionários, principalmente aqueles que trabalham em postos alocados de uma empresa que terceiriza serviços de segurança e conservação e limpeza. Algumas empresas contratantes acompanham bem de perto esta função da empresa terceirizada. O não fornecimento de EPI (Equipamento de Proteção Individual) e não confecção, apresentação e aprovação do PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais) pela empresa contratada podem acarretar penalidades contratuais até mesmo à suspensão do contrato por não cumprimento de clausula contratual.
Um grande avanço na Segurança do Trabalho no Brasil foi o devido reconhecimento do Colete Balístico como EPI, conforme Portaria nº 194 de 07 de dezembro de 2010, da Diretoria do Departamento de Segurança e Saúde do Trabalho, que obriga as empresas de vigilância a fornecer coletes balísticos aos vigilantes que trabalham armados nos postos de vigilância alocados.
Esses tópicos abordados acima são importantes para o bom andamento das atividades administrativas e operacionais de qualquer empresa. Outro ponto importante que deve ser rigorosamente acompanhado pela direção de uma empresa e os demais setores, é a CAT (Comunicação de Acidente do Trabalho), que no Art. 22, da Lei 8. 213/91 obriga que qualquer acidente do trabalho seja comunicado para o INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social), tal comunicação se faz necessário para respaldar a empresa e o trabalhador nos âmbitos: previdenciários, estatísticos, epidemiológicos, trabalhistas e sociais.
No caso de acidente do trabalho com óbito do trabalhador a comunicação de vê ser imediata, a emissão da CAT por parte do empregador é obrigatória, mesmo sem afastamento do colaborador. Sendo que a comunicação oficial do acidente do trabalho deve ser feita até o 1º dia útil após o acidente, caso previsto também no Art. 22 da Lei 8. 213/91, a não comunicação e punível com multa para a empresa.
Outro ponto deve ser observado pelo responsável do setor de segurança é o Mapeamento dos Riscos Ambientais, pois em algumas empresas o setor de segurança do trabalho é atrelado ao setor de segurança coorporativa, de acordo com o organograma da empresa.
Todo e qualquer ambiente deve ser mapeado, de forma ilustrativa para que o trabalhador tenha a plena consciência do risco a que está exposto. Abaixo segue um modelo ilustrativo do mapa de riscos ambientais bem simples de ser elaborado.
Mapa de Risco Ambientais.
A falta de reconhecimento dos riscos ambientais que podem causar DORT (doenças ocupacionais relacionadas ao trabalho) é a principal causa de acidentes do trabalho. Como se prevenir de algo que não conhecemos? Essa pergunta é claramente respondida pelo MT (Ministério do Trabalho), na Norma Regulamentadora nº 5 (CIPA - Comissão Interna de Acidente do Trabalho), abaixo estão elencadas alguns dos riscos comumente encontrados nos locais e ambientes de trabalho que se classificam em:
Riscos físicos; Riscos químicos; Riscos biológicos; Riscos ergonômicos.
Nos riscos físicos (ou contaminantes físicos, como também são conhecidos) incluem-se:
Ruído; Vibrações; Radiações ionizantes e não ionizantes; Temperaturas extremas – calor e frio; Pressões anormais.
De acordo com estudos da Fundação Européia para a Melhoria das Condições de Vida e de Trabalho, a exposição a riscos físicos nos locais de trabalho é uma das principais causas dos problemas de saúde dos trabalhadores da União Européia, não tendo havido qualquer melhoria entre 1990 e 2000.
Os riscos físicos são gerados pelos agentes que têm capacidade de modificar as características físicas do meio ambiente. Por exemplo, a existência de um tear numa tecelagem introduz no ambiente um risco do tipo físico, já que tal máquina gera ruídos, isto é, ondas sonoras desagradáveis que irão alterar a pressão acústica que incide sobre os ouvidos dos trabalhadores.
Os riscos físicos caracterizam-se por:
Necessitarem de um meio de transmissão (em geral o ar) para que a sua nocividade se propague; Agirem sobre as pessoas mesmo que elas não tenham contacto direto com a fonte do risco; Darem origem a lesões diversas crônicas e não imediatas (a não ser em caso de acidente grave).
Ruído (breve explanação):
O ruído pode ter muitas definições, umas mais físicas e objetivas, outras mais subjetivas. Quando se trata de aspectos da segurança e higiene no trabalho define-se ruído como "um som desagradável, indesejável e/ou perigoso para a saúde e para a segurança e para a saúde do trabalhador".
O ruído excessivo tem conseqüências na saúde dos trabalhadores, mas também no seu desempenho, designadamente na qualidade do trabalho produzido e na produtividade. A conseqüência mais evidente para saúde é a surdez, que poderá ser temporária ou permanente.
Após essa breve explanação sobre algumas matérias de extrema relevância para o gestor de segurança, sobre o seu cotidiano e os demais conhecimentos que um profissional deve ter para a boa condução de uma rotina previamente estabelecida.
Um bom planejamento é fundamental para ajudar a propor solução para problemas aparentemente difíceis. Sejamos todos responsáveis para a obtenção de uma boa qualidade vida.
Fonte:http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/seguranca-coorporativa-e-seguranca-do-trabalho-uma-interacao-necessaria/58316/

Interdição do Porto de Aratu

da Reportagem
Portogente

Na última quarta-feira (21), no período da tarde, a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE-BA) interditou o Porto de Aratu-Candeias por não apresentar segurança para os trabalhadores e trabalhadoras que operam em suas áreas. Para tanto, foi solicitada a solução dos problemas nos Terminais de Granéis Sólidos (TGS) dos píeres I e II. O que representa, seguramente, mais de 90% das operações paradas no porto citado, pois a operação ficou restrita aos navios que possuam equipamento próprio para carga e descarga.

Até que os problemas apontados pela SRTE-BA não sejam resolvidos, fica proibida a utilização dos equipamentos pertencentes à Companhia Docas do Estado da Bahia (Codeba). Dentre as irregularidades apontadas estão a má conservação dos aparelhos e das áreas de carga e descarga e o seu mau funcionamento. A relação dos problemas e das medidas a serem adotadas foi entregue a Codeba, Autoridade Portuária proprietária da área e responsável pelas providencias necessárias.

Caso fossem tomadas providências preventivas, a interdição não seria necessária. O assunto segurança vem sendo debatido, exaustivamente, no Conselho de Autoridade Portuária (CAP), que tem suas reuniões mensais. O CAP é formado por quatro blocos: Bloco I – Governo Federal, Governo Estadual e Governo Municipal; Bloco II - operadores portuários e armadores (donos de navios); Bloco III – trabalhadores; Bloco IV – usuários do porto. Conclusão, o problema foi previsto e deveria ser evitado.

A segurança no trabalho é primordial em qualquer ambiente laboral, ainda mais no porto onde os acidentes, em 95% dos casos, causam sérios danos à saúde e até a perda de vida dos trabalhadores.

O problema criado afeta não só a economia do Estado, mas também a do país. Em situação normal, o movimento no porto de Aratu-Candeias já é grande, com filas de navios à espera de atracação, pois o citado porto é o maior do Brasil na movimentação de granéis sólidos, líquidos e gasosos. Por ele são movimentados produtos dos mais variados tipos, desde minérios até produtos químicos já industrializados.

Quando o governo perceber que porto é sinônimo de economia saudável, quem sabe a situação melhore. Até lá, a comunidade portuária continua sofrendo com ingerências políticas nas Cias. Docas brasileiras de forma continuada. Pessoas “caindo de paraquedas” em cargos de direção e chefia, e em quase 100% dos casos, com nenhum conhecimento da atividade portuária.

Familiares dizem que operários não tinham proteção quando laje desabou

Peritos vão investigar condições de obra que desabou em Goiânia.
Advogado diz que construtora segue normas do Ministério do Trabalho.
Os parentes dos operários mortos em um acidente ocorrido em um prédio em construção no Setor Celina Park, em Goiânia, na sexta-feira (23) reclamam que os trabalhadores não utilizavam equipamentos de proteção individual.
O advogado da construtora responsável pela obra, Tarcísio Bandeira, afirma que a empresa segue as normas do Ministério do Trabalho. “A empresa Engel sempre fornece equipamentos de segurança como botas, cintos de segurança, capacete e óculos conforme determinam as normas reguladoras do Ministério do Trabalho”, declara o advogado.
De acordo com a mãe de uma das vítimas, Roseni Soares, seu filho, um rapaz de 22 anos, não usava cinto de segurança no momento do acidente. “Se estivesse usando, talvez tivesse só se machucado, quebrado uma perna ou um braço. Não tinha morrido”, lamenta. A esposa desse mesmo operário questiona a responsabilidade da empresa. “Se você sobe num prédio, a obrigação da empresa é de fazer com que usem cinto. Porque é perigoso subir em um prédio de 20 andares”, diz.
saiba mais
Dois dos operários feridos em desabamento de laje deixam hospital
Chega a 3 o número de mortos em desabamento de laje em Goiânia
Dois morrem e quatro ficam feridos em desabamento de laje, em Goiânia
O irmão de outro trabalhador, que tinha 26 anos, conta que o operário tinha vindo do Maranhão há menos de um mês para tentar uma vida melhor. “Viemos eu, meu outro irmão e ele, mais a minha esposa e a dele. Viemos procurar um meio de vida, trabalhar. E ninguém espera que aconteça uma tragédia como essa”, relata Francisco Chagas.
Dois dos trabalhadores mortos não eram de Goiás. O corpo de um deles foi levado para a Bahia e o de outro segue para o Maranhão. O terceiro operário está sendo velado no Setor Madre Germana I, em Aparecida de Goiânia. No Hugo, apenas um operário que ficou ferido permanece internado. O estado de saúde dele é regular.
Perícia
Dois peritos da Polícia Técnico Científica estiveram na manhã deste sábado (24) no prédio em construção, onde houve um desabamento que provocou a morte de três pessoas, no Setor Celina Park, em Goiânia. “Hoje a gente faz a parte de engenharia legal. A partir daí serão avaliadas as condições da obra”, diz o perito criminal Ivomar Zancanaro. Apesar da tragédia, alguns operários estavam trabalhando no local na manhã deste sábado.

Acidente
O acidente aconteceu na tarde de sexta-feira (23). Oito operários trabalhavam na concretagem de um pórtico – um tipo de portal acima do último andar – que cedeu, arremessando ao solo e matando dois dos oito funcionários que estavam no local.

Antes de baterem no chão, os dois homens romperam duas estruturas de madeira conhecidas como guarda-homem. Passaram pelo equipamento no 20º andar e depois no 1º andar, mas acabaram caindo no térreo da obra, ao lado do caminhão que fornecia concreto para encher a estrutura no 20º andar.

Um terceiro homem foi morto por causa da parte do concreto que se rompeu. Três trabalhadores ficaram bem machucados e foram levados para o Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo).

“Só ouvi só um barulho de lá. Foi muito feio. É triste ver um colega de serviço assim”, comenta um operário da obra.
Fonte: G1


Smartphones

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Novidade

Agora o segurança em 1° lugar conta com mais uma novidade, abrimos um fórum de segurança do trabalho, mais o que é isso?
Um fórum é um espaço na internet que permite você participar com perguntas, dicas, artigos, respostas e outras coisas que preferir, é uma especie de "rede social" como Orkut, Facebook, Twitter...
Pedimos a você que participe, o fórum é novo, mais aos poucos irá crescer e isso depende de você, participe:


quinta-feira, 15 de setembro de 2011

6 mil por dia morrem por concequencias no trabalho

Qui, 15 de Setembro de 2011 08:30
Por Leonardo Sakamoto

As mortes por doenças e por acidentes relacionados ao trabalho cresceram no mundo de 2,31 milhões (2003) para 2,34 milhões (2008). Em média, 6,3 mil pessoas morreram diariamente por conta de seu trabalho nesse período. Os dados fazem parte do relatório “Tendências Mundiais e Desafios da Saúde e Segurança Ocupacionais“, documento que será usado no 19o Congresso Mundial sobre Segurança e Saúde no Trabalho, evento da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que termina nesta quinra (15), em Istambul, Turquia.


O número de acidentes fatais caiu (de 358 mil para 321 mil), mas o número de mortes por doenças vinculadas ao exercício de atividade econômica saltou de 1,95 milhão, em 2003, para 2,02 milhões, em 2008. Considerando os tipos de enfermidades, temos em primeiro lugar o câncer (29%), seguido por doenças infecciosas (25%) e doenças circulatórias (21%). Além disso, mais de 900 mil pessoas perderam suas vidas por conta da exposição a substâncias perigosas no trabalho em 2008, frente aos 651 mil mortos pelo mesmo motivo, em 2003.

O número de acidentes não-fatais que causaram afastamento de quatro ou mais dias atingiu 317 milhões em 2008, o que representa uma média de cerca de 850 mil lesões diárias que exigem esse tipo de afastamento.

“Na maioria dos países, vastos números de acidentes, fatalidades e doenças relacionadas ao local de trabalho não são reportados e nem registrados. Existem provisões em nível internacional e em âmbito nacional para registrar e notificar acidentes e doenças: contudo, a subnotificação persiste como prática frequente em muitos países do mundo”, destaca o documento.

O relatório cita um levantamento feito nos Estados Unidos mostrando que os trabalhadores de origem hispânica constituíam 15% da mão-de-obra da construção civil no ano de 2000. Mas eram vítimas de 23,5% dos acidentes fatais. Segundo o documento, grupos vulneráveis, como migrantes e empregados do setor informal, devem continuar sendo considerados prioritários no que diz respeito a políticas públicas governamentais de conscientização e garantia de diretos. Grandes empresas, segundo o estudo, devem contribuir com ações em suas respectivas cadeias produtivas.
O Congresso Mundial sobre Segurança e Saúde no Trabalho reúne cerca de 3 mil autoridades executivas, especialistas, dirigentes de indústrias e sindicalistas provenientes de mais de 100 países.

Em agosto, a questão do descaso com a segurança no trabalho ganhou repercussão nacional quando nove operários morreram em um canteiro de obras em Salvador. Eles estavam em um elevador que despencou de uma altura de 65 metros (ironicamente, o nome da construtora responsável era “Segura”). Trabalho escravo tem sido encontrado em canteiros de obras de hidrelétricas. Ao mesmo tempo, jovens têm dado o sangue em canteiros, como o de 16 anos que morreu soterrado em abril em uma obra no Cambuci, Centro de São Paulo.

Os empresários da construção civil estão com sorrisos de orelha a orelha. Programa de Aceleração do Crescimento, “Minha Casa, Minha Vida”, Copa do Mundo, Olimpíadas. Governo injetando bilhões para financiamento. É claro que tudo isso significa mais geração de empregos em um setor que já contrata milhões. Mas produzir em quantidade e rapidamente tem, por vezes, significado passar por cima da integridade do trabalhador. O ritmo de crescimento não deveria ultrapassar a capacidade do país de garantir segurança para quem faz o bolo crescer. Ou ir além da capacidade física e psicológica desse pessoal.

Der quem é a culpa? Aí a história complica. Pois o problema em milhares de obras espalhadas pelo Brasil tem a mesma origem: a terceirização ilegal que torna a dignidade responsabilidade de ninguém.

Já passou da hora dos governos comprarem brigas com áreas como o setor elétrico, o agronegócio e a construção civil, que demonstram preocupantes ocorrências que afetam a saúde do trabalhador mas que, ao mesmo tempo, são importantes doadoras de campanha. Afinal de contas, o crescimento tem que estar sujeito ao respeito dos direitos fundamentais e não flutuar sobre eles.
 


quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Estresse e trabalho: combinação perigosa

Fonte: Jornal Correio da Cidade
Pesquisas apontam que 78% dos profissionais brasileiros sentem-se angustiados com relação ao trabalho. De acordo com a International Stress Management Association (Isma), a mais antiga e respeitada associação, sem fins lucrativos, e a única com caráter internacional voltada à pesquisa e ao desenvolvimento da prevenção e do tratamento de estresse no mundo, nos últimos cinco anos, 82% dos profissionais pesquisados apresentavam traços de ansiedade em diversos graus; 52% têm momentos de agressividade em casa, por conta do stress na empresa; 32% têm problemas gastrointestinais. Entretanto, não é preciso recorrermos a pesquisas, para constatar que a pressão do dia a dia e os desafios profissionais, aliados à má remuneração e a condições precárias de trabalho vem deixando muita gente estressada.

O médico Carlos Reinaldo de Souza, com especialização em Medicina do Trabalho, confirma: Os casos de estresse no trabalho são comuns do que se imagina. "O estresse é subestimado nos programas de capacitação e desenvolvimento de pessoal, principalmente nas pequenas e médias empresas. O pior é que o estresse aparece sob forma de variados sinais e sintomas, sendo rotulado sob diversos diagnósticos e deixando ocultas as suas causas básicas", aponta.

Áreas ligadas à economia e às finanças, destacando-se os bancos e o comércio, estão entre as que mais apresentam trabalhadores com estresse, além de setores de transporte, com ênfase nos motoristas de ônibus urbanos; atividades ligadas à segurança pública, especialmente as que envolvem as polícias Militar e Civil: "Entre as profissões liberais, a medicina ocupa lugar de destaque, ao lado do magistério", completa.

O estresse pode se tornar uma doença psiquiátrica, que age como fator agravante de várias outras doenças, especialmente as cardiovasculares, digestivas e neuroendócrinas. Assim, a hipertensão arterial, a doença arterial coronariana e cerebral, a úlcera péptica, o diabetes, a obesidade, problemas da tireóide e inúmeras outras doenças são agravadas ou se tornam de difícil controle, caso o paciente esteja vivendo sob estresse aumentado: "Se os sinais e sintomas se tornarem mais graves, será necessário o afastamento do trabalhador. Na verdade, o estresse não é uma doença, mas um estado de enfrentamento de situações críticas ou grandes desafios que exigem respostas imediatas, por exemplo, o cumprimento de metas ambiciosas, em curtos prazos. É o chamado modelo competitivo, onde cada um é obrigado a alcançar resultados cada vez mais desafiadores, portanto mais difíceis e, às vezes até impossíveis de serem conquistados", pontua o médico, que também é professor pós-graduado em Bioética pela PUC-Minas.

O psiquiatra Antônio César Abrantes Machado, por sua vez, revela que muitas pessoas o procuram, expondo problemas com o trabalho: "É a verdade de quem me diz estar sendo sufocado pela imposição inaudita daqueles que têm o poder de decidir sobre milhares de pessoas, que trabalham por um salário mísero que sequer dá conta de pagar as dívidas infindas", relata.

Em decorrência desse estresse, podem aparecer sintomas, "como uma leve insônia, até uma loucura desvairada, como vontade de sair por aí atirando. Num país em que pagamos impostos excessivos e que nada funciona, em termos de saúde e educação públicas, e que ninguém faz nada diante da corrupção deslavada que assola o país, um trabalhador honesto um dia vai pirar e cair no INSS pela impotência, pelo descaso como é tratado e visto neste mundo globalizado, que só contabiliza números", alerta.

Sobre as formas de tratamento, o médico tem opinião polêmica: "Acho um despropósito amenizar as patifarias e os desencontros deste mundo moderno com pílulas. Embora muitos o queiram, para se safar de sua dor individual, mas que também é coletiva. Cada vez mais nos fechamos no nosso mundinho ridículo, pois ainda não aprendemos que as soluções para os nossos males não se reduzem a meras receitas elaboradas em doces consultórios, como se isso fosse a solução. Que cada um pense e repense no que quer para si: uma sociedade individualista e medíocre ou, quem sabe, uma utopia de um mundo menos sacana, mais solidário e menos cínico", conclui.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Aumenta o Número de Mortes Causadas Por Acidentes Laborais.

"Relatório elaborado para congresso mundial sobre saúde e segurança no trabalho, na Turquia, mostra que as enfermidades mortais vinculadas ao trabalho cresceram de 1,95 milhão, em 2003, para 2,02 milhões, em 2008"

Por Repórter Brasil

As mortes por doenças e por acidentes relacionados ao trabalho cresceram no mundo de 2,31 milhões, em 2003, para 2,34 milhões, em 2008. Em média, foram registrados, durante o período, 6,3 mil óbitos diários ligados ao trabalho. Os dados fazem parte do relatório "Tendências Mundiais e Desafios da Saúde e Segurança Ocupacionais", documento de preparação para o XIX Congresso Mundial sobre Segurança e Saúde no Trabalho, evento promovido pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) que começou no domingo (11) e se encerrará na quinta (15), em Istambul, na Turquia.


A despeito do recuo no número de acidentes de trabalho fatais (de 358 mil, em 2003, para 321 mil, em 2008), a quantidade de falecimentos causados por doenças vinculadas ao exercício de atividade econômica saltou de 1,95 milhão, em 2003, para 2,02 milhões, em 2008. Quanto aos tipos de enfermidades que levaram à morte de trabalhadoras e trabalhadores no referido intervalo, aparecem com destaque no levantamento os casos de câncer (29%), doenças infecciosas (25%) e doenças circulatórias (21%).

Além disso, mais de 900 mil pessoas perderam suas vidas por conta da exposição a substâncias perigosas no trabalho, em 2008. Trata-se de um índice bem superior aos 651 mil mortos pelo mesmo motivo, em 2003. De acordo com os autores do relatório, porém, o crescimento pode ser menor por conta da atualização dos critérios usados para o cálculo desse índice.

O número de acidentes não-fatais que causaram afastamento de quatro ou mais dias atingiu 317 milhões em 2008, o que representa uma média de cerca de 850 mil lesões diárias que exigem esse tipo de afastamento.

"Na maioria dos países, vastos números de acidentes, fatalidades e doenças relacionadas ao local de trabalho não são reportados e nem registrados. Existem provisões em nível internacional e em âmbito nacional para registrar e notificar acidentes e doenças: contudo, a subnotificação persiste como prática frequente em muitos países do mundo", destaca o documento. Estimados, os números globais são considerados, portanto, inferiores ao quadro real.

Estudos complementares citados no relatório revelam que os migrantes tendem proporcionalmente a sofrer mais com as consequências. Levantamento feito nos Estados Unidos revelou, por exemplo, que os trabalhadores de origem hispânica constituíam 15% da mão de obra da construção civil no ano de 2000, mas eram vítimas de 23,5% dos acidentes fatais.

"Apesar do que já foi conquistado até o momento, a promoção da saúde e segurança ocupacionais permanece como um desafio real para todos os países, especialmente naqueles em que a recessão econômica domina a agenda do emprego", pontua o documento. "Embora alguns trabalhadores estejam desfrutando de padrões elevados de saúde e segurança no trabalho, outros enfrentam riscos ocupacionais significantes e o pesado fardo global dos acidentes e doenças relacionados ao trabalho permance inaceitavelmente alto. Para reverter essas tendências, os esforços em curso para criar uma cultura da saúde e segurança preventivas precisam ser melhor direcionados e revitalizados", complementa o relatório de preparação.

Grupos vulneráveis - como migrantes e empregados do setor informal - devem continuar sendo considerados prioritários no que diz respeito a políticas públicas governamentais de conscientização e garantia de diretos, sinaliza o trabalho. Grandes empresas também podem dar suas contribuições, emenda, com ações voltadas para as suas respectivas cadeias produtivas.

Evento
O XIX Congresso Mundial sobre Segurança e Saúde no Trabalho reúne cerca de 3 mil autoridades executivas, especialistas, dirigentes de indústrias e sindicalistas provenientes de mais de 100 países. Serão discutidas as repercussões do que se estabeleceu na Declaração de Seul sobre Segurança e Saúde no Trabalho, firmada durante a Cúpula sobre Segurança e Saúde realizada no marco da edição anterior do mesmo evento, em junho de 2008.

Os signatários da Declaração de Seul se comprometem a "tomar a iniciativa na promoção de uma cultura em matéria de segurança e saúde e a dar prioridade nas agendas nacionais à segurança e saúde no trabalho". A Declaração de Seul define ainda, pela primeira vez, que o direito a um ambiente seguro e saudável deveria ser reconhecido como um direito humano.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Número de feridos em acidentes de trabalho chega a 317 milhões por ano, aponta OIT


Agência O Globo

O Relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT), divulgado durante o XIX Congresso sobre Segurança e Saúde no Trabalho, nesta segunda-feira (12), mostra que o número de feridos em acidentes de trabalho chega a 317 milhões por ano no mundo e registra uma média de mais de 6.300 mortes diárias relacionadas com o trabalho.

"Os acontecimentos dramáticos como o acidente nuclear em Fukushima, Japão, neste ano, o acidente no rio Pike na Nova Zelândia no ano passado, foram as notícias mais importantes. No entanto, a maioria das lesões, enfermidades e mortes relacionadas com o trabalho passam despercebidas e não se informa sobre elas. Os trabalhadores e suas famílias ficam desprotegidos e sem ajuda para fazer frente a estas situações", disse, o Diretor-Geral da OIT, Juan Somavia.

Segundo o relatório, enquanto o número de acidentes mortais caiu de 358.000 para 321.000 durante este período, o número de enfermidades mortais aumentou de 1,95 milhão para 2,02 milhões.  A OIT afirmou ainda que a recessão mundial deve ter tido um impacto significativo sobre a segurança e a saúde dos trabalhadores e sobre suas condições de trabalho, embora seja cedo para falar dos efeitos a longo prazo nas taxas de acidentes e enfermidades no mundo. O relatório assinala também que fatores psicológicos, como a tensão, o assédio e a violência no trabalho têm um impacto relevante sobre a saúde dos trabalhadores.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Segurança no trabalho deve inserir-se nas áreas de intervenção dos psicólogos

Luanda - A segurança no trabalho, o plano e orientação de carreira, a programação das reformas e as estruturas de ensino constituem as principais áreas de intervenção dos psicólogos organizacionais, afirmou, hoje, em Luanda, a docente da Universidade Agostinho Neto, Ana Pereira.
Ana Pereira, mestre em psicologia, defendeu esta posição durante uma palestra promovida na faculdade sob o lema: “A Psicologia no desenvolvimento das organizações”.
Segundo a docente, a psicologia está perante uma espécie de reformulação dos programas curriculares dos cursos com a inclusão de disciplinas que ampliam o leque de possibilidades de actuação do psicólogo no interior das organizações.
Ana Pereira acrescentou que longe de serem as chefias das organizações reconhecerem a competências aos recursos humanos, seriam os próprios a criar e conquistar esse espaço, deixando de pensar pequeno ou de maneira fragmentaria para inovar a classe.
No encontro, com duração de dois dias, serão abordados aspectos como avaliação psicóloga como grande factor no processo de recrutamento e selecção do pessoal, a contribuição da psicologia na reabilitação do indivíduo do centro psicotécnico da FAN/FAA, entre outros.