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quinta-feira, 5 de setembro de 2013

MPT processa Suzano por segurança no trabalho

Os procuradores pedem na ação mais segurança no ambiente de trabalho e R$ 50 milhões por suposto dano moral

Fátima Laranjeira, do Germano Lüders
Extração na Suzano
Suzano: empresa afirma que está à disposição de autoridades para prestar "esclarecimentos necessários e acredita que todas as exigências legais devem ser devidamente cumpridas pelas suas contratadas"
São Paulo - O Ministério Público do Trabalho no Maranhão (MPT-MA) ajuizou uma ação civil pública contra a Suzano Papel e Celulose (SUZB5) e as empresas contratadas pela companhia para construir fábrica em Imperatriz.
Os procuradores pedem na ação mais segurança no ambiente de trabalho e R$ 50 milhões por suposto dano moral.
De acordo com o MPT, para construir o empreendimento, a Suzano contratou a Metso Paper South America, companhia da Finlândia incumbida do fornecimento de trabalho de engenharia e equipamentos, que terceirizou serviços à Imetame Metalmecânica, do ramo de fabricação, montagem e manutenção industrial.
Em setembro de 2012, dois trabalhadores morreram e outros ficaram feridos num acidente na área de montagem de uma das caldeiras. De acordo com o Ministério Público, as companhias foram acionadas após a Imetame Metalmecânica ter se recusado a assinar termo de ajuste de conduta (TAC) com o MPT.
Na ação, os procuradores pedem que as empresas sejam obrigadas a exigir o uso dos equipamentos de proteção individual (EPI) pelos empregados e manter as instalações elétricas em condições seguras de funcionamento, entre outros itens.
Além da multa por dano moral coletivo, o Ministério Público ainda pede no processo que as companhias paguem multa diária de R$ 50 mil se a obrigação for descumprida.
A Suzano esclarece que as ações civis públicas de que tem notícia, propostas pelo MPT do Maranhão, visam ao cumprimento de normas de segurança e saúde ocupacional por parte de empresas do ramo de construção civil contratadas para a construção da unidade em Imperatriz.
"Essas prestadoras de serviço foram escolhidas ao fim de um rigoroso processo de seleção e os contratos preveem a execução das obras em estreita observância à legislação vigente", afirma, em nota.
A Suzano afirma ainda que está à disposição das autoridades para prestar os "esclarecimentos necessários e acredita que todas as exigências legais devem ser devidamente cumpridas pelas suas contratadas".

domingo, 25 de março de 2012

Senador Conclama Cruzada Pela Segurança No Trabalho


Brasília/DF - O senador Paulo Paim (PT-RS), presidente da Comissão de Direitos Humanos e Cidadania (CDH) do Senado, quer realizar, como ele mesmo denomina, uma cruzada nacional de combate aos acidentes e doenças do trabalho no País. O senador vai organizar um seminário nacional sobre o tema, no Senado Federal, para debater a segurança do trabalhador e buscar soluções. "A situação da segurança do trabalhador hoje é gravíssima. E é um assunto que não tem recebido a atenção devida das autoridades competentes", reclamou Paim.

O senador quer reunir representantes das centrais sindicais, do empresariado, do governo e dos Poderes Legislativo e Judiciário.  O objetivo é manter o tema em destaque para sensibilizar as autoridades.

Hoje, no Brasil, cerca de três mil trabalhadores morrem por ano em acidentes de trabalho. De acordo com as centrais sindicais, esse número pode chegar a 10 mil por ano, porque as estatísticas só contabilizam os trabalhadores devidamente registrados, deixando de lado aqueles que trabalham por conta própria, os terceirizados e os informais. Os acidentes de trânsito, que provocam até 40 mil mortes por ano, também não são compilados nas estatísticas de acidentes de trabalho.

Doenças
Hoje, existem cerca de 200 doenças vinculadas ao trabalho, que matam ou incapacitam os trabalhadores. Na audiência pública, realizada nesta quinta-feira (15/03), na Comissão de Direitos Humanos, os trabalhadores denunciaram os frigoríficos de frangos, que estabelecem metas de produção  pesadas para os trabalhadores.Um deles, o Seara, chega a exigir que cada trabalhador desosse de quatro a seis peitos de frango por minuto.

Durante a audiência pública, foi debatido também o acidente no curtume de Bataguassu, no estado do Mato Grosso e de propriedade do mesmo grupo do Seara, que matou quatro trabalhadores e intoxicou mais 28. Durante o manuseio do ácido dicloro propiônico, utilizado na retirada de pelos do couro, houve uma reação química que queimou todo o oxigênio do ar no local.

"De acordo com os representantes do curtume, já está sendo estudada a criação de outro produto para substituir o ácido dicloro propiônico. Existe um movimento, na Alemanha, em busca de outras alternativas, porque esse produto químico já gerou diversos acidentes", afirmou o senador Paulo Paim.

Foto: Divulgação
Fonte: Site Proteção