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sábado, 24 de setembro de 2011

Interdição do Porto de Aratu

da Reportagem
Portogente

Na última quarta-feira (21), no período da tarde, a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE-BA) interditou o Porto de Aratu-Candeias por não apresentar segurança para os trabalhadores e trabalhadoras que operam em suas áreas. Para tanto, foi solicitada a solução dos problemas nos Terminais de Granéis Sólidos (TGS) dos píeres I e II. O que representa, seguramente, mais de 90% das operações paradas no porto citado, pois a operação ficou restrita aos navios que possuam equipamento próprio para carga e descarga.

Até que os problemas apontados pela SRTE-BA não sejam resolvidos, fica proibida a utilização dos equipamentos pertencentes à Companhia Docas do Estado da Bahia (Codeba). Dentre as irregularidades apontadas estão a má conservação dos aparelhos e das áreas de carga e descarga e o seu mau funcionamento. A relação dos problemas e das medidas a serem adotadas foi entregue a Codeba, Autoridade Portuária proprietária da área e responsável pelas providencias necessárias.

Caso fossem tomadas providências preventivas, a interdição não seria necessária. O assunto segurança vem sendo debatido, exaustivamente, no Conselho de Autoridade Portuária (CAP), que tem suas reuniões mensais. O CAP é formado por quatro blocos: Bloco I – Governo Federal, Governo Estadual e Governo Municipal; Bloco II - operadores portuários e armadores (donos de navios); Bloco III – trabalhadores; Bloco IV – usuários do porto. Conclusão, o problema foi previsto e deveria ser evitado.

A segurança no trabalho é primordial em qualquer ambiente laboral, ainda mais no porto onde os acidentes, em 95% dos casos, causam sérios danos à saúde e até a perda de vida dos trabalhadores.

O problema criado afeta não só a economia do Estado, mas também a do país. Em situação normal, o movimento no porto de Aratu-Candeias já é grande, com filas de navios à espera de atracação, pois o citado porto é o maior do Brasil na movimentação de granéis sólidos, líquidos e gasosos. Por ele são movimentados produtos dos mais variados tipos, desde minérios até produtos químicos já industrializados.

Quando o governo perceber que porto é sinônimo de economia saudável, quem sabe a situação melhore. Até lá, a comunidade portuária continua sofrendo com ingerências políticas nas Cias. Docas brasileiras de forma continuada. Pessoas “caindo de paraquedas” em cargos de direção e chefia, e em quase 100% dos casos, com nenhum conhecimento da atividade portuária.

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