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sábado, 24 de setembro de 2011

Familiares dizem que operários não tinham proteção quando laje desabou

Peritos vão investigar condições de obra que desabou em Goiânia.
Advogado diz que construtora segue normas do Ministério do Trabalho.
Os parentes dos operários mortos em um acidente ocorrido em um prédio em construção no Setor Celina Park, em Goiânia, na sexta-feira (23) reclamam que os trabalhadores não utilizavam equipamentos de proteção individual.
O advogado da construtora responsável pela obra, Tarcísio Bandeira, afirma que a empresa segue as normas do Ministério do Trabalho. “A empresa Engel sempre fornece equipamentos de segurança como botas, cintos de segurança, capacete e óculos conforme determinam as normas reguladoras do Ministério do Trabalho”, declara o advogado.
De acordo com a mãe de uma das vítimas, Roseni Soares, seu filho, um rapaz de 22 anos, não usava cinto de segurança no momento do acidente. “Se estivesse usando, talvez tivesse só se machucado, quebrado uma perna ou um braço. Não tinha morrido”, lamenta. A esposa desse mesmo operário questiona a responsabilidade da empresa. “Se você sobe num prédio, a obrigação da empresa é de fazer com que usem cinto. Porque é perigoso subir em um prédio de 20 andares”, diz.
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O irmão de outro trabalhador, que tinha 26 anos, conta que o operário tinha vindo do Maranhão há menos de um mês para tentar uma vida melhor. “Viemos eu, meu outro irmão e ele, mais a minha esposa e a dele. Viemos procurar um meio de vida, trabalhar. E ninguém espera que aconteça uma tragédia como essa”, relata Francisco Chagas.
Dois dos trabalhadores mortos não eram de Goiás. O corpo de um deles foi levado para a Bahia e o de outro segue para o Maranhão. O terceiro operário está sendo velado no Setor Madre Germana I, em Aparecida de Goiânia. No Hugo, apenas um operário que ficou ferido permanece internado. O estado de saúde dele é regular.
Perícia
Dois peritos da Polícia Técnico Científica estiveram na manhã deste sábado (24) no prédio em construção, onde houve um desabamento que provocou a morte de três pessoas, no Setor Celina Park, em Goiânia. “Hoje a gente faz a parte de engenharia legal. A partir daí serão avaliadas as condições da obra”, diz o perito criminal Ivomar Zancanaro. Apesar da tragédia, alguns operários estavam trabalhando no local na manhã deste sábado.

Acidente
O acidente aconteceu na tarde de sexta-feira (23). Oito operários trabalhavam na concretagem de um pórtico – um tipo de portal acima do último andar – que cedeu, arremessando ao solo e matando dois dos oito funcionários que estavam no local.

Antes de baterem no chão, os dois homens romperam duas estruturas de madeira conhecidas como guarda-homem. Passaram pelo equipamento no 20º andar e depois no 1º andar, mas acabaram caindo no térreo da obra, ao lado do caminhão que fornecia concreto para encher a estrutura no 20º andar.

Um terceiro homem foi morto por causa da parte do concreto que se rompeu. Três trabalhadores ficaram bem machucados e foram levados para o Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo).

“Só ouvi só um barulho de lá. Foi muito feio. É triste ver um colega de serviço assim”, comenta um operário da obra.
Fonte: G1


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