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sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Ministério Público do Trabalho vai investigar acidente que matou operário em Salvador


Publicado em 16.12.2011, às 10h19

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Lajes cederam e soterraram Edson Soares, que trabalhava na demolição
Foto: Gustavo Maia / NE10/Bahia

Gustavo Maia
Do NE10/Bahia
O Ministério Público do Trabalho (MPT) da 5ª Região, que atua na Bahia, vai instaurar inquérito para apurar as responsabilidades do acidente que resultou na morte de um operário da construção civil, na manhã desta quarta-feira (14), em Salvador. O procedimento deve investigar para quem o operário estava trabalhando, se a obra tinha alvará e se o trabalhador estava usando equipamentos de segurança no momento em que as duas lajes do prédio em demolição no qual ele estava trabalhando cederam. Edson Correa Soares, 59 anos, foi enterrado na tarde desta quinta (15), também na capital baiana.
Na semana passada, o MPT realizou blitzes em 22 obras na cidade de Salvador e Região Metropolitana, em parceria com a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE) na Bahia. O resultado da ação foi que 14 foram embargadas e 15 equipamentos interditados, entre elevadores de carga, gruas e cadeiras suspensas. 
PROGRAMA - As fiscalizações ocorreram entre os dias 5 e 9 e integram o Programa Nacional de Combate às Irregularidades Trabalhistas na Indústria da Construção Civil. Mais de dois mil empregados próprios e terceirizados, que se encontravam em condição de risco acentuado nos canteiros de obras, foram beneficiados com a ação, segundo o MPT.
Depois das visitas, o MPT decidiu instaurar de inquéritos civis contra cada uma das empresas envolvidas para adequação imediata da sua conduta irregular, mediante a assinatura de termo de ajustamento de conduta ou por meio do ajuizamento de ação civil pública, inclusive com pedido de indenização por dano moral coletivo.
ACIDENTE - Duas lajes de um prédio que estava em ruínas desabaram na manhã desta quarta-feira (14), por volta das 11h, deixando soterrado Edson, que era conhecido pelos amigos e colegas como "Calango".
O prédio estava em ruínas há 30 anos e deve dar lugar a outro empreendimento. As obras de demolição começaram nessa terça (13) e a construtora responsável é a R2.
Segundo o filho da vítima, Alessandro Soares, Edson trabalha com construção civil há mais de dez anos. Ele é chefe de manutenção da empresa TerraLug, locadora das máquinas que estavam sendo utiilizadas na demolição e que também cedeu os funcionários para o trabalho.